Por João Arruda
O pronunciamento do vice presidente da República Hamilton Mourão (PRTB), que disse "mudaremos o presidente e não mudaremos o regime", fez murchar o ímpeto dos intervencionistas acampados em frente aos quartéis em todo o país.
Em Cáceres, a 210 quilômetros de Cuiabá, o número pessoas que no início da manifestação reuniu centenas de pessoas, na manhã deste domingo (01), não passava de uma dúzia incompleta até por volta das 09 horas.
Na cidade onde situa o Comando de Fronteira Jauru/ 66 Batalhão de Infantaria Motorizada, que detêm o maior efetivo do Exército Brasileiro na faixa de divisas com outros países, são 1 200 homens, divididos entre a sede, companhia e destacamentos.
Contudo, o atual comandante tenente coronel Leandro Basto Pereira, durante todo esse período emitiu qualquer nota sobre o ajuntamento civil à frente do quartel. Nem aprovando, tampouco desaprovando.
Por determinação do ministro do STF, corre a boca miúda, uma investigação sigilosa visando identificar os financiadores dos atos anti democráticos, principalmente à aglomeração diante das Organizações Militares.
A persistir essa voluntária deserção dentro de poucos dias não sobrará ninguém na Praça Esperidião Marques- Centro Histórico de Cáceres-, no máximo chorume decorrente dos churrascos e sobras de carvão.
O vereador Cesare Pastorello ( SDD), oficiou a prefeitura local, para notificar e cobrar alvará dos eventuais responsáveis pelo "assentamento urbano" que se transformou aquele logradouro, composto por religiosos, militares das Forças Armadas e Auxiliares ( Reservistas), profissionais liberais e cidadãos comuns. Estes alegam que a manifestação é pacífica, e que não possui liderança.
Um dos intervencionistas aceitou conceder entrevista, porém, sem se identificar, persistente o bolsonaristas acredita que ainda haverá uma "reviravolta ", indagado sobre ida do ex presidente Jair Bolsonaro, para o Tio Sam - Florida- EUA, ele segue crendo que até o "auto exílio " de seu Mito, faz parte da estratégia para um hipotético Golpe.
A reportagem tentou contato com o Serviço Relações Públicas do Batalhão de Fronteira, quanto uma possível evacuação do entorno, porém sem retorno.