Por Rafael Heleodoro
Rafael Heleodoro
Prefeitura Municipal de Araputanga, por meio da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Comissão de Integração Ensino e Serviço - CIES, realizou entre os dias 24 e 26 de julho o curso de capacitação teórico e pratico em Hanseníase. O curso foi ofertado a aproximadamente 100 (Cem) profissionais da área de saúde do município.
A capacitação teve como Palestrante o Pediatra Dr.º José Cabral Lopes. O palestrante é graduado em Pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Especialista em Saúde da Família pela Universidade Federal de Mato Grosso, é hansenólogo pela Sociedade Brasileira de Hansenologia, Professor de Saúde Coletiva da Universidade de Cuiaba – UNIC e Assessor médico DAHW e referência estadual no tratamento de Hanseníase.
“Acreditamos que a formação continuada interfere diretamente na qualidade da assistência ofertada a população. Dessa forma, utilizamos os recursos do CIES para ofertar essa qualificação necessária, levando em consideração a complexidade do tratamento e o número de casos de hanseníase. Essa formação atende, também, uma solicitação de nossos profissionais”, frisou Emerson José do Prado, Secretário Municipal de Saúde de Araputanga.
A parte teórica da capacitação teve duração de 8h e contou com participação de todos os profissionais de saúde da rede municipal. A parte pratica contou com a participação de profissionais médicos, enfermeiros e odontólogos de Araputanga.
A HANSENÍASE EM MATO GROSSO
O Plano Estratégico de Enfrentamento da Hanseníase em exercício, no estado de Mato Grosso, representa o reconhecimento do Estado de Mato Grosso como o estado brasileiro com a maior prevalência e incidência da doença, ainda sendo diagnosticada em seu estágio tardio, resultando em incapacidades funcionais e deformidades físicas, perpetuando o ciclo da doença, carregada de estigma e preconceito, fortes indicadores de exclusão social (SES/MT – 2018).
No panorama internacional, há reconhecimento de que a distribuição da doença se restringe a espaços que coincidem com um conjunto de premissas para a sua produção, em especial, as desigualdades sociais e de acesso aos serviços de saúde (SES/MT – 2018).
Mato Grosso registrou as maiores taxas de detecção de hanseníase entre os estados do Brasil. No ano de 2015, a taxa de detecção de novos casos da doença foi de 93,00/100.000habitantes, totalizando 3.037 casos novos (SES/MT – 2018).