Por Mak Lucia | Estadão Mato Grosso
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), subsede Vila Rica, acionou o Ministério Público do Estado (MP-MT) na última quarta-feira (2) em relação a diversos relatos de contágio pelo novo coronavírus, possivelmente dentro das unidades escolares. A entidade pede a suspensão das aulas presenciais em 100%, retomando assim o modo remoto.
Segundo o dirigente da subsede, professor Roberto Carlos Rocha, o pedido é para que o decreto municipal seja atualizado, uma vez Vila Rica se encontra em risco muito alto de contágio.
“A nossa contaminação está com alto risco, estamos tendo um pico da onda elevando na nesse, e apesar disso o decreto do município continua sendo o mesmo de quando estávamos com o índice mais baixo. Temos profissionais que estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), correndo risco de morte a todo instante, estamos com mais de 15% de profissionais contaminados, acaba que as escolas são o centro de propagação de covid-19 no município”, disse.
Roberto informou ao Estadão Mato Grosso, que foi noticiado na tarde desta terça-feira (8) pela promotora Fernanda Siscar de que a posição do Ministério Público é a favor das aulas, mas como a cidade está em alto risco, fica a cargo do prefeito e governador decidirem o que fazer.
O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, culpou o Estado por obrigar a jornada presencial. Segundo ele, os servidores estão sendo ameaçados de ter o salario descontado de quem não está na escola trabalhando, para cumprir o expediente presencial.
“Considerando que a pandemia no estado de Mato Grosso, ainda não está sob controle, há uma omissão muito grande por parte da Secretaria de Estado de Educação, que tem obrigado os trabalhadores da educação a cumprirem sua jornada de trabalho no âmbito das unidades escolares, num total descompasso, inclusive nos municípios que tem a contaminação muito grande para a covid-19 e em alguns casos até mesmo com aulas presenciais, como é o caso da cidade de Vila Rica”, disse.
Agora, os trabalhadores da educação do município farão uma assembleia para tomar uma decisão a seguir.